Confesso que também não sei... tudo que sei é como passar horas, dias, meses, a espera de uma boa notícia. E isso é o suficiente para também não conseguir esquecer....
Essa obra foi feita por alguns artistas plásticos da cidade de Teresópolis (uma das cidades atingidas pela maior catástrofe do Pais até hoje), usando o pseudônimo "Coletivo Cia & SA" e abaixo a poesia junto da obra.
Lana Aguiar
12/01/2011 - Ao Sobrevivente
Confesso que não sei...
Não sei o que é trancar a porta e não estar seguro.
Não sei o que é deitar a noite e amanhecer no escuro.
Confesso que não sei...
Não sei o que é sentir frio, dor e medo.
Não sei o que é acordar em desespero.
Não sei o que é não ter pra onde ir.
Confesso que não sei...
Não sei o que é ter um ginásio como abrigo.
Não sei o que é a certeza do perigo.
... perder o lar, a escola, o emprego.
Não sei o que é ter o coração inundado, não de água e lama,
mas de dor ao perder quem se ama.
Confesso que não sei ...
Por isso, dedicamos esta obra
a você, sobrevivente,
que SABE o que eu não sei.
COLETIVO Cia & SA
12/01/2011 - Ao Sobrevivente
Confesso que não sei...
Não sei o que é trancar a porta e não estar seguro.
Não sei o que é deitar a noite e amanhecer no escuro.
Confesso que não sei...
Não sei o que é sentir frio, dor e medo.
Não sei o que é acordar em desespero.
Não sei o que é não ter pra onde ir.
Confesso que não sei...
Não sei o que é ter um ginásio como abrigo.
Não sei o que é a certeza do perigo.
... perder o lar, a escola, o emprego.
Não sei o que é ter o coração inundado, não de água e lama,
mas de dor ao perder quem se ama.
Confesso que não sei ...
Por isso, dedicamos esta obra
a você, sobrevivente,
que SABE o que eu não sei.
COLETIVO Cia & SA
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